Mulheres que marcaram a história da enfermagem

Florence Nightingale


Não poderia começar por outra pessoa que não fosse pela Florence. FLorence Nightingale tornou-se uma lenda viva como a "Dama da Lâmpada". Ela levou os enfermeiros para cuidar de milhares de soldados durante a Guerra da Criméia, e ajudou a salvar o exército britânico de um desastre médico.

Essa foi apenas uma das muitas realizações de Florença. Ela também foi uma reformadora da saúde tinha uma visão além de sua época, uma das mulheres mais influentes na Grã-Bretanha vitoriana.

As mulheres gostam de Florence Nightingale o modo como serviu aos pobres e revolucionou o modo de cuidar dos doentes e seu modelo novo na área da saúde que foram posteriormente copiados por toda parte."

Quando ela morreu, em 1910, aos 90 anos, ela era famosa em todo o mundo. Mas quem foi o verdadeiro Florence Nightingale?

Florence Nightingale nasceu em Itália em 12 de maio, 1820. Apesar da oposição de sua família, ela decidiu dedicar sua vida à enfermagem ea campanhas para melhores cuidados de saúde e saneamento para todos. Foi o seu trabalho durante a Guerra da Criméia, que criou a lenda da Senhora da Luz e foi a sua experiência aqui, que a levou a continuar pesquisando, escrevendo e incansavelmente campanha.

Após a Guerra da Criméia, ela solicitou uma comissão real nos hospitais militares e para a saúde do Exército, que começou a investigar a saúde e saneamento no exército britânico na Índia, e da população local. O dinheiro que tinha sido enviado pelo público em geral para lhe agradecer o seu trabalho na Criméia, foi utilizada para estabelecer a primeira escola de treinamento organizado, para os enfermeiros, a Escola de Treinamento Nightingale, no Hospital St Thomas '.

Sua maior conquista foi fazer a Enfermagem uma profissão respeitável para mulheres. escritos de Florença, no planejamento e na organização hospitalar teve um efeito profundo em Inglaterra e em todo o mundo, publicando mais de 200 livros, relatórios e folhetos.

Florence morreu aos 90 anos de idade, em 13 de agosto de 1910, ela se tornou uma das mulheres mais famosas e influentes do século 19. Seus escritos continuam a ser um recurso para enfermeiras, gestores e planejadores para este dia.

Olga Verderese


Filha de Antônio Verderese e Anna Joaquina da Rocha Verderese, nasceu em Piracicaba. “Minha formação profissional foi muito influenciada pela época. Porque na época todas as mulheres ou eram preparadas para o casamento, ou eram preparadas para uma profissão [...]e era ser professora”, assim se expressa Olga, na sua história de vida profissional.

Atuou no ensino primário, no interior de São Paulo. Retomando a análise dos dados biográficos da personagem que ora nos propomos a retratar cumpre assinalar que essa enfermeira e pesquisadora tem em comum com outras enfermeiras reconhecidas como pioneiras na formação do campo científico da enfermagem o fato de serem oriundas de um meio social que valoriza os investimentos no desenvolvimento intelectual.“Eu queria estudar enfermagem. Teria de ir para o Rio de Janeiro, para a Escola Anna Nery, e nunca me deixaram ir. Abriram uma Escola de Enfermagem em São Paulo, dentro da Universidade. Foi mais fácil para convencer as pessoas de que eu queria mesmo fazer o curso de enfermagem”.

Fez curso de graduação de 1944 a 1947, aluna da segunda turma da escola de Enfermagem da USP. Foi para os Estados Unidos em 1954, onde fez o curso de Bachelor of Science, na Columbia University, em New York. Realizou o Master of Arts ( Major Research), no Teacher’s College, da Columbia University, em New York, em 1965. Consultora em Educação de Enfermagem da Organização Pan-Americana de Saúde, da Organização Mundial da Saúde.

Assumiu a responsabilidade juntamente com outras líderes pela implantação e direção de escolas de enfermagem no sul e no nordeste. Destacou-se nas Escolas de Enfermagem de Porto Alegre em 1950, e Federal da Bahia, em 1947.. Organizou a Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas- ABED, seção Bahia, oficializada em 12 de maio de 1948 e foi sua primeira presidente. Fundadora e primeira presidente da ABED- seção Rio Grande do Sul.

Supervisora de campo do Centro de Levantamento de Recursos e Necessidades de Enfermagem, entre 1957 e 1958. Essa pesquisa se constituiu no primeiro grande trabalho envolvendo coleta de dados em todo o país, seus resultados conferiram a ABEn a autoridade de enunciar um discurso sobre a Enfermagem brasileira que teve repercussão internacional. Foi Consultora regional em Educação de Enfermagem da Organização Pan-Americana de saúde de 1958 a 1980. Neste período atuou no México, Cuba, república Dominicana e Haiti até 1966 e, posteriormente, em Washington, Estados Unidos, América Latina e Canadá. Faleceu em 26/12/2004.


Rachel S. Haddock Lobo



Rachel S. Haddock Lobo, originária de importante família do Rio de Janeiro, nasceu em 1891, recebeu educação em colégio católico e tradicional do Rio de Janeiro. A formação em Enfermagem foi na França, complementou estudos na Escola de Enfermagem Anna Nery (EEAN). Trabalhou na área de Saúde Pública e dirigiu os serviços de enfermagem no Hospital Paula Cândido, no Rio de Janeiro. Em 1927, como bolsista, freqüentou o Hospital Geral de Filadélfia e o Teachers College da Universidade de Columbia, Nova York. Auxiliou as fundadoras da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras. Em 1931, foi designada como a primeira diretora brasileira da EEAN.


Madre Marie Domineuc


Madre Marie Domineuc, nasceu na Bretanha, França, em 1911, graduou- se pela Escola de Enfermagem de Paris. Veio para o Brasil com 24 anos. Em 1938 atuou e organizou os serviços de enfermagem do Hospital São Paulo. Organizou a fundação da Escola de Enfermeiras do Hospital São Paulo, hoje, Departamento de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina. Em 1939 fundou o Amparo Maternal que tem como objetivo fundamental assistir à mãe desamparada. Embora não tendo nascido no Brasil, revelou-se uma brasileira lutadora e buscando o melhor para a profissão. Seu lema: nunca recusar ninguém que precisasse de auxílio.



Waleska Paixão

Waleska Paixão nasceu em Petrópolis em 1903, originária de família de educadores. Lecionou e dirigiu colégios no Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Concluiu o curso de enfermagem em 1939, na Escola de Enfermagem Carlos Chagas. Fez cursos de Filosofia, Sociologia e Moral. Ocupou o cargo de Diretora da Escola de Enfermagem Carlos Chagas, em Belo Horizonte. Lutou para preservar a enfermagem como uma profissão liberal. Auxiliou a Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas (ABED) nos temas referentes à Educação de Enfermagem. Em 1947 foi eleita primeira presidente da seção da ABED de Minas Gerais. Lutou por questões relacionadas à elaboração do código de ética das Escolas de Enfermagem. Em 1950 Waleska assumiu a direção da EEAN, permanecendo até 1967. Faleceu em 1993. O livro Páginas de História de Enfermagem é um marco nos estudos da história da enfermagem.

Glete de Alcântara


Glete de Alcântara nasceu em 1910 em Minas Gerais. Em São Paulo, graduou-se na Escola Normal e como Educadora Sanitária. Em 1941, foi indicada para concluir um curso de Enfermagem no Canadá. Retornou ao Brasil em 1944, revalidou o diploma na Escola de Enfermagem Anna Nery, lecionou na Escola de Enfermagem da USP - São Paulo até 1952. Em 1952, através de convite do Professor Zeferino Vaz, Diretor da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, foi convidada a organizar a Faculdade de Enfermagem em Ribeirão. Dirigiu a escola que fundou até 1971, paralelamente colaborou na Associação Brasileira de Enfermagem e exerceu por duas vezes a presidência da entidade. Desempenhou papel importante nos Congressos Internacionais de Enfermagem, sobretudo os relacionados ao ICN.

Wanda Horta


Wanda Horta nasceu em Belém do Pará em 1926. Viveu em sua cidade natal até 1936. O seu primeiro emprego foi em Curitiba no Posto de Puericultura da Legião Brasileira de Assistência. O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), órgão federal, oferecia bolsa de estudos para a formação de enfermeiras na EE- USP. Após ter-se formado, trabalhou 10 anos como enfermeira em diversos setores hospitalares e de Saúde Pública, em 1959 tornou-se docente nesta Escola. Criou a Teoria de Enfermagem e Metodologia do Processo de Enfermagem, baseado na Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Maslow, que serve de referência para as enfermeiras na área de ensino e assistencial. Em 1977 foi promovida a professor titular da EE-USP. Aposentou- se em 1981, vindo a falecer no mesmo ano. Teve como lema: Enfermagem: gente que cuida de gente.