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Primeiro Caderno | Política
Edição de segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Prefeitos elevam folha em 16%
Desafiando a recomendação do Ministério Público, gestores aumentaram os gastos durante o ano passado
Autor: Thais Cirino // thaiscirino.pb@dabr.com.br
Adespesa dos municípios paraibanos com a folha de pessoal aumentou 16,2% entre os meses de janeiro e novembro de 2010, segundo dados do Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres) do Tribunal de Contas do Estado (TCE). O motivo foi a contratação de funcionários temporários realizada no período, apesar da determinação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) para que os prefeitos demitissem os servidores admitidos sem concurso público.
Somando-se valores informados pelas 223 cidades no ano passado, o gasto com o pagamento da folha de pessoal obteve uma elevação de R$ 19 milhões, mesmo com a recomendação do MPPB logo no início do ano. Em janeiro o montante declarado foi de R$ 117 milhões enquanto em novembro a despesa com a realização dos pagamentos chegou a R$ 136 milhões.
Um exemplo das contratações ocorreu no município de Patos, Sertão do estado. Em janeiro, a prefeitura gastava R$ 3 milhões com a folha de pagamento. Desse total, R$ 986 mileram pagos aos funcionários contratados por excepcional interesse público. No mês de novembro, o valor saltou para R$ 3,5 milhões, sendo que R$ 1,4 milhão foram para os contratos excepcionais. A quantidade de servidores nesta "modalidade" de contratação também saltou de 960 para 1.484 pessoas. A situação mudou em janeiro, quando o prefeito Nabor Wanderley decidiu exonerar todos os servidores comissionados. Os novos dados, no entanto, ainda não estão disponíveis no site do Tribunal de Contas.
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