SAIBA UM POUCO SOBRE PRIMEIROS SOCORROS




VEJA BREVE RESUMO:

PRIMEIROS SOCORROS

São os primeiros procedimentos efetuados a uma pessoa cujo estado físico coloca em risco a sua própria vida.

SOCORRISTA : É toda pessoa capacitada, ou não, disposta a prestar atendimento emergencial às vítimas, quer seja de mal clínico ou traumático.

1- SINAIS VITAIS :São todos os sinais que indicam a existência de vida, e pelos quais podemos ter a noção do estado geral da vítima.

SINAL : É aquele parâmetro de vida que o socorrista afere através do ver, ouvir e sentir, tais como os movimentos respiratórios e a temperatura corporal.

SINTOMA : Aquilo que o paciente relata sobre si, tais como, náuseas, dores, falta de sensação, etc.

2 - TEMPERATURA CORPORAL :É a quantidade de calor existente em um corpo.
CLASSIFICA-SE EM:

HIPOTERMIA - Temperatura abaixo do valor normal. Nestes casos devem-se aquecer o paciente com cobertores, agasalhos e outras medidas.

HIPERTERMIA - Aumento brusco da temperatura corporal acima da normal. O paciente é colocado em locais frios, com compressas frias, ingestão de líquidos e outras medidas.

TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO

NORMOTERMIA 36 à 37 º C
FEBRÍCULA OU ESTADO FEBRIL 37,1 a 37,5 º C
FEBRE 37,5 a 39
PIREXIA 39,1 a 40
HIPERPIREXIA Acima de 40 º C
3 - PRESSÃO ARTERIAL: (P.A.)É a pressão que o sangue exerce nas paredes internas das artérias.
1.3.1 - VALORES CONSIDERADOS NORMAIS EM UMA PESSOA

PRESSÃO SISTÓLICA OU PRESSÃO MÁXIMA : por volta de 90 a 140 mmhg

PRESSÃO DIASTÓLICA OU PRESSÃO MÍNIMA : por volta de 60 a 90 mmhg

PRESSÃO MÉDIA : por volta de 120 X 80 mmhg.

1.3.2 - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE AFETAM A P. A.
AUMENTA a P.A (hipertensão ): alimentação, medo, ansiedade, exercícios físicos, dor, drogas e entre outros.

DIMINUI a P. A ( hipotensão ) : repouso, depressão, Jejum e entre outros.
4 - PULSO:
É a ondulação produzida pela força do sangue contra as paredes das artérias, induzida pela sístole e diástole: movimentos do coração.
TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO BATIMENTOS P/ MINUTOS


NORMAL
HOMENS 60 a 100
MULHERES 70 a 90
CRIANÇAS 100 a 120
RECÉM NASCIDOS 120 a 140
NASCITUROS 140 a 160

TAQUICARDIA:
MOVIMENTO RÁPIDO

BRADICARDIA
MOVIMENTO LENTO

DICRÓTICO
IMPRESSÃO DE DOIS BATIMENTOS

FILIFORME
FRACO E DE DIFÍCIL CONTAGEM

5 - RESPIRAÇÃO:
Processo pelo qual o organismo absorve oxigênio do meio ambiente e elimina o gás carbônico, resultante da troca gasosa (hematose).

TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO

EUPNÉIA
MOV. NORMAL ( 12 A 20 MRPM)

DISPNÉIA
DIFICULDADE RESPIRATÓRIA

TAQUIPNÉIA
MOV. ACELERADO

BRADIPNÉIA
MOV. LENTO

ORTOPNÉIA
DIF. EM RESPIRAR DEITADO

CUS MAUL
AGONIZANTE

CHEYNE STOKES
IRREGULAR C/ PERÍODO DE APNÉIA

APNÉIA
AUSÊNCIA DA RESPIRAÇÃO

6- REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR ( RCP)

PARADA CADÍACA - É a parada do bombeamento do coração, ou quando o músculo cardíaco, em condições de debilidade, não se contrai e não se distende com a força necessária para assegurar a quantidade suficiente de sangue à circulação.
6.1 - POSSÍVEIS CAUSAS:
1. - Cardíacas (fibrilação ventricular, assistolia ventricular);

2. - Asfixia (afogamento, intoxicação por CO2 ou medicamentosas);

3. - Traumatismo Crânio Encefálico -TCE, Traumatismo Raquimedular- TRM;
4. - Obstrução das vias aéreas;

5. - Estrangulamento;

6. - hemorragias graves e outras enfermidades.

6.2 - SINAIS E SINTOMAS:
1. - Perda imediata da consciência;

2. - Ausência de pulsos (débil ou filiforme)

3. - Ausência de sons cardíacos audíveis;

4. - Ausência da respiração

5. - Dilatação das pupilas;

6. - Palidez e cianose;

7. - Morte aparente ou morte definitiva.

REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)

1- VERIFICAÇÃO DO PULSO / RESPIRAÇÃO / VENTILAÇÃO
1 º PASSO: Extensão do pescoço
2 º PASSO: Ausculte a respiração por 15s
3 º PASSO: Veja a expansão do tórax
4 º PASSO: Apalpe o pulso carotídeo por 15s

2- INSUFLAÇÕES
5 º PASSO: Ventile com duas insuflações

3- MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA (MCE)

6 º PASSO: Localize o ponto de MCE acima do Apêndice Xifóide
7 º PASSO: Posicione as mãos sobre o tórax
8 º PASSO: Faça a compressão: 02 INSUFLAÇÕES x 30 COMPRESSÕES
9 º PASSO: Verifique o pulso carotídeo a cada 60 segundos
CUIDADOS DECORRENTES

SITUAÇÃO
PROVIDÊNCIAS
1- VENTILAÇÃO Verificar a obstrução das vias aéreas
2- ATENDIMENTO A vítima deverá estar sobre uma superfície plana e firme
3- MEMBROS Os membros inferiores deverão ser elevados a 45°

7- DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS

ASFIXIA - É a interrupção dos movimentos respiratórios e/ou entrada de ar respirável.
ALGUMAS CAUSAS QUE PROPICIAM UMA PARADA RESPIRATÓRIA
OBSTRUÇÃO DA PASSAGEM DE AR:
Corpo estranho;
Afogamento;
Estrangulamento;
Soterramento;
Pela língua.
Gases tóxicos ( fumaça, gases dos motores).

INTERFERÊNCIA NA FUNÇÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO

Choque elétrico;
Venenos;
Doenças;
Ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório.

DESOBSTRUÇÃO DAS VIAS AÉREAS


MANOBRAS DE HEIMLICH

1-VÍTIMA EM PÉ - INICIAL
1 º PASSO: Abordar a vítima pelas costas
2 º PASSO: Posicionar a mão fechada abaixo Apêndice Xifóide
3 º PASSO: Colocar a mão oposta sobre a primeira
4 º PASSO: Fazer quatro compressões firmes

2- VÍTIMA EM PÉ - ALTERNATIVO
5 º PASSO: Apoiar o queixo com o braço sob as aquixilas
6 º PASSO: Curvar a vítima para frente
7 º PASSO: Dar quatro tapas nas costas entre as escápulas

3- VÍTIMA DEITADA
8 º PASSO: Colocar a vítima em decúbito dorsal
9 º PASSO: Extensão do pescoço
10 º PASSO: Ventile com duas insuflações
11 º PASSO: Posicionar-se sobre o abdômen
12 º PASSO: Comprimir o abdômen
13 º PASSO: Verificar o corpo estranho nas vias aéreas

3-VÍTIMA EM DECÚBITO LATERAL

14 º PASSO: Colocar a vítima em decúbito lateral

15 º PASSO: Dar quatro tapas nas costas da vítima entre as escápulas

16 º PASSO: Verificar o corpo estranho nas vias aéreas

CUIDADOS DECORRENTES

SITUAÇÃO PROVIDÊNCIAS
1- INCONCIÊNCIA A cada 60s realizar duas insuflações
2- CORPO ESTRANHO Observar a presença de corpo estranho nas vias aéreas
8 - AFOGAMENTO
Acidente causado pela obstrução das vias aéreas por meio líquido, podendo ser provocada pela inundação das vias aéreas ou por fechamento da glote, resultando em uma asfixia.

SINAIS E SINTOMAS

Nervosismo, taquicardia, tremores, palidez, náuseas, vômitos, cianose, midríase, parada cardíaca e/ou respiratória.
CLASSIFICAÇÃO DO AFOGAMENTO
- QUANTO AO TIPO
SÊCO
ÁGUA DOCE
ÁGUA SALGADA

- QUANTO A CAUSA DO AFOGAMENTO
PRIMÁRIO- não existe indício de causa determinante.
SECUNDÁRIO- existe indício de causa determinante.


• QUANTO A GRAVIDADE DO AFOGAMENTO
TIPO PROCEDIMENTO

GRAU I OU BENÍGNO Colocar a vítima em repouso e aquecê-la, tranquilizar a mesma.


GRAU II OU MODERADO Colocar a vítima em repouso, aquecê-la, tranqüilizá-la, se dispor colocar um cateter nasal de O2 a 5 l/m, encaminha-la ao médico.

GRAU III OU GRAVE DVA (manobra de Heimlich) cateter nasal de 5 l/m, aquecê-la, tranquiliza-la, encaminha-la ao atendimento médico.


GRAU IV OU GRAVISSÍMO DVA (manobra de Heimlich), ventilação artificial em parada respiratória, RCP se em parada completa, aquecê-la, tranquiliza-la, encaminha-la o mais rápido ao atendimento especializado.

9- ELETROCUSSÃO

Electrocussão é a morte provocada pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica. Pode ocorrer com alta voltagem (raios e fios de alta tensão) ou baixa voltagem (menos de 600 volts), neste caso em poças d'água ou com roupas molhadas. As manifestações clínicas da eletrocussão podem variar desde queixas leves até lesões teciduais extensas ou mesmo morte instantânea.

É importante ter sempre em mente que a aparência superficial de uma queimadura elétrica pode subestimar a intensidade da destruição tecidual.

Esses acidentes causados por contatos com eletricidade podem levar a vítima a uma parada cardíaca e/ou paralisação da respiração, por contração dos músculos responsáveis pela mesma, ocasionando queimaduras locais de limites bem definidos ou de grande extensão.

A gravidade de um acidente vai depender da intensidade da corrente, do caminho percorrido no corpo, e da resistência do mesmo. A morte ocorre por asfixia, pelo fato dos músculos torácicos contraírem-se instantaneamente. Pode ocorrer também a interrupção da circulação sangüínea, sendo necessária a aplicação de MCE.


PROCEDIMENTOS:

Procurar saber a tensão da rede;

Desligar a rede elétrica;

Retirar o acidentado usando madeira seca, cinto de couro, tecido forte, etc.

Avaliar as condições da vítima seguindo os seguintes exames:

Pulmão (respiração);

Coração (necessidade de RCP);

Sistema Nervoso ( consciente, paralisia);

Pele (queimaduras);

Fraturas (resultante da contração dos músculos);

Sinais Vitais (observá-los durante o transporte).

10 - HEMORRAGIAS

Termo técnico usado para definir sangramento, ou seja, o derramamento de sangue do seu leito normal (artérias/veias), para dentro ou fora do corpo humano.

SINAIS E SINTOMAS:

Sudorese;

Cianose nas extremidades;

Cianose pálida (expressão cadavérica)

Midríase;

Apatia;

Sede, se consciente;

Taquicardia;

Hipotensão;

Formigamento (dormência).

TRATAMENTO

Pressão direta;
Curativo compressivo;
Elevação do membro se a hemorragia for nos membros;
Pressão direta na artéria proximal;

CUIDADOS ADICIONAIS

Proteger a vítima contra o estado de choque, mantendo-a aquecida;
Limpar o ferimento antes de efetivar a Hemostasia;
Usar luvas de procedimento descartáveis;

OBS.: No caso do curativo compressivo não retirar a primeira gaze, mesmo que esteja ensopada de sangue;

Se necessário for, usar as três técnicas de tratamento junta para conter a hemorragia;

PONTOS DE COMPRESSÃO:

Pulsos temporal;
Carotídeo;
Femoral;
Poplíteo;
radial ;
e tibial.

11- QUEIMADURAS

São lesões causadas por diferentes agentes externos de gravidade variável desde lesões leves a lesões extensas e profundas que podem colocar em risco a vida da vítima.

Profundidade da lesão: Existem vários graus de profundidade em uma mesma lesão. Depende das camadas da pele afetada.

1º GRAU
. Local afetado - Epiderme;
. Agente mais comum - sol;
. Pele avermelhada e seca com dor leve e moderada.

2º GRAU
. Local afetado - derme (camada média);
. Agente mais comum - líquidos aquecidos;
. Bolhas e dor moderada a severa.

3º GRAU

. Local afetado - Hipoderme (camada profunda);
. Agente mais comum - contato direto com eletricidade ou chama;
. Pele esbranquiçada ou carbonizada e ausência de dor (por ter queimado as terminações nervosas).

PROCEDIMENTOS

- Se a vitima estiver em chamas, procure enrolá-la com um cobertor para apagar o fogo;

- Mantenha o cobertor úmido;

- Não ponha manteiga, creme dental ou outras substancia gordurosas na área afetada;

- Não fure bolhas e evite tocar na área afetada;

- Não puxe as vestes grudadas no corpo da vitima;

- Transportar imediatamente a unidade de saúde mais próxima.


Duas regras podem ser utilizadas para 'medir' a extensão da queimadura:

I.- Regra dos nove: é atribuído, a cada segmento corporal, o valor nove (ou múltiplo dele):
Cabeça - 9%
Tronco frente - 18%
Tronco costas - 18%
Membros superiores - 9% cada
Membros inferiores - 18% cada
Genitais - 1%



II- Regra da palma da mão: geralmente a palma da mão de um indivíduo representa 1% de sua superfície corporal. Assim pode ser estimada a extensão de uma queimadura, calculando-se o “número de palmas”.

As queimaduras de mãos, pés, face, períneo, pescoço e olhos, quaisquer que sejam a profundidade e a extensão, necessitam de tratamento hospitalar. A gravidade da queimadura será determinada pela profundidade, extensão e a área afetada.

COMO EVITAR QUEIMADURAS EM CASA

Panelas quentes — Elas são um perigo dentro de casa, principalmente para as crianças. As panelas devem ficar sempre com o cabo virado para dentro do fogão, de modo a evitar possíveis acidentes.

Álcool — O produto tem de estar sempre em local afastado do fogo e das crianças.

Eletricidade — Sempre que houver criança em casa, é preciso deixar as tomadas protegidas, os fios elétricos isolados e procurar manter os meninos sempre calçados com sapatos ou chinelos de borracha.

Velas — Não é prudente acender velas dentro de casa. Se for necessário, tome o cuidado de colocá-las longe dos carpetes e das cortinas.

Cigarros — Não acender cigarro na cama antes de dormir. O fumante pode dormir e a brasa cair no colchão provocando um incêndio.

Bibliografia:
www.google.com.br;
http://www.bombeiros.ac.gov.br/diversos/primeiros_socorros.php
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/o-que-define-o-grau-de-queimadura/o-que-define-o-grau-de-queimadura-2.php







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